No detalhe: Bárbara soca a bola durante a dificilima partida contra a Austrália.
Foto: Globoesporte.com
Única palavra para descrever tudo que rolou nessa sexta-feira nas Olimpíadas.
Resultado impressionante da marcha atlética com um quarto lugar, medalha de bronze no Judô, Boxe na garantindo mais uma medalha, Rafael Nadal fazendo história depois de uma partida duríssima contra o brasileiro Thomaz Bellucci, e depois ainda jogou nas duplas e ficou com o ouro, emocionante a vitória do Brasil sobre Angola e a homenagem da família de Chica Xavier a goleira Bá que tem esse nome devido a personagem de Chica em Sinhá Moça. Na natação, Etiene Medeiros foi para as finais e no atletismo Rosangela Santos cheia de marra, não brigou com repórteres como no passado e fez tempo suficiente para avançar as semifinais dos 100 metros.
Ah vimos o fenômeno Michael Phelps ganhando mais uma prata, completando 27 medalhas na carreira naquela que pode ter sido sua última prova individual. Tivemos atleta egípcio se recusando a cumprimentar atleta israelense no Judô e sendo vaiado com razão pelo público, o Pólo Aquático Masculino o Brasil perdeu sua primeira partida, mas já está garantido na próxima fase.
Vôlei sempre vôlei, seja na praia, seja na quadra o resultado sempre vem.
E para finalizar já no sábado, emoção não faltou no jogo do Brasil de futebol feminino. Com muito mais jogo, principalmente no segundo tempo, o Brasil merecia ter vencido no tempo normal. Tomou um susto é verdade, uma bola na trave com leve desvio da goleira Bárbara, perdeu um gol incrível no final com uma defesa sensacional da goleira australiana.
Foram mais de 25 chutes do Brasil durante o jogo e a prorrogação, como as redes não balançaram, decisão por pênaltis.
Como é bom ver a seleção jogando bem, mulheres com a bunda no chão, dividindo, jogando bonito, dando chapéu, mas com objetividade, jogam com raça, querem dar alegria para os amantes do futebol.
Nas primeiras 4 cobranças todas acertaram, veio a quinta e Marta, a craque, a estrela do time, bateu mal e a goleira catou. Era a Austrália fazer e o sonho de medalha ia embora, mas boas histórias, precisam de uma heroína para ter final feliz. Que defesa da goleira brasileira.
As cobranças continuaram até a oitava série já nas alternadas, o Brasil botou na rede e novamente ela, Bárbara, mais uma defesa sensacional e o Brasil de Futebol feminino nas semifinais.
Mais de 52 mil pessoas empurraram o time que merece todo o reconhecimento independente do resultado.
Bárbara salvou o dia de Marta e da Seleção.
Foto: Gustavo Andrade\ AFP.
E hoje a heroína veio do improvável gol, Bárbara não é das atletas mais badaladas da seleção, mas futebol não é feito de estrela e sim de conjunto, e isso as mulheres mostraram que tem de sobra. Formiga que disposição, Thaisa, Debinha, Andressa Alves, Beatriz, etc..., estão focadas demais e querendo demais a medalha de ouro.
Pela frente a Suécia, que o Brasil já venceu, porém, chegam embaladas na decisão semifinal pois eliminaram os Estados Unidos que pela primeira vez ficarão de fora de uma decisão.
Bárbara, a heroína, significa estrangeira, forasteira, mas não nossa Bárbara, essa é tupiniquim genuína do tipo que não desiste nunca, ama a pátria e luta até o final, se redimindo na noite de sexta, contra a mesma Austrália que eliminou o Brasil na Copa do Mundo.
O campeão vai ser inédito, que seja o Brasil, mas sem a emoção de hoje, pois não sei quantos corações aguentam tantas emoções assim em mais duas partidas que o Brasil irá fazer.
